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quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Lingua do amor

Ainda que eu fale
a língua dos homens(de Brasília)
e a língua dos anjos(das igrejas)
e não tiver amor
serei mais um
que esquenta(e lustra)
bancos da igreja
e tem nome no rol dos membros
mas não tem nome
no livro da Vida.
Ainda que meu corpo queime
no orgulho e preconceito
e não saiba e sinta
a dor do meu próximo
Serei mais um
dos tantos que carregam
o nome Cristo
sem conheçe-lo

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Lavapés

Doze pares de sandálias
amontoadas a um canto
esperam
Doze homens descalços
também esperam
O Mestre começa
a lavar pés.
Pés impuros
com lama
que trilharam caminhos difíceis
caminhos maus.
Colocam os pés na bacia
e os pés saem limpos.
pés puros agora.
Hoje, o Mestre lavou-lhes os pés
logo lavará suas almas.

Mulher Pecadora

A mulher pecadora corre
perseguida aos pés do Mestre
Atiram-lhe pedras, desprezo e ódio
Ele os interroga
mas ela não ouve
Jesus escreve no chão
Uma sentença de vida
mas ela não lê
Espera a primeira pedrada
Que não vem.
Se pergunta então:
Onde está
quem pecou junto com ela?
Só a mulher é culpada?
Todos vão embora
levando consigo seus pecados
Ela vai perdoada
deixando atrás de si
um monte de pedras
e pecados.

Acorda Jesus!

No barco da minha vida
na proa, o mestre dorme
E quando balança minha nau
com as tempestades da vida - quem não as tem?
Eu chamo o mestre:
Acorda Jesus!
Vem me ajudar!

domingo, 23 de agosto de 2009

Fome de milagres

Eu tenho fome
Não de pão
ou carne
ou peixe
Que matam a fome
mas não saciam
a alma
Eu tenho fome
de ver o sobrenatural agir
no mundo natural
que me rodeia
Milagres!
Senhor,
faz um milagre em mim!

Velhinhas semeadoras

Na praça regurgitante
de gentes diferentes
e pecados iguais
as velhinhas distribuem folhetos
misturados com amor.
Colhem
sorrisos
meio sorrisos
sorrisos amarelos
nenhum sorriso
caras feias.
Imperturbáveis, tranqüilas
fazem a semeadura da Palavra
que Viva
penetra nos corações duros
e brota
arrependimentos.
Há festa no céu!

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Caminho de Damasco

No caminho de Damasco
há um encontro
um chamado
uma ordem
uma unção
uma conversão
Uma reviravolta na vida do homem
que perseguia
que açoitava
que ajudava matar.
Já não persegue mais.
Saiu como Saulo,
chegou Paulo
Saiu vendo inimigos na fé cristã
chegou cego e dependente
Saiu raivoso em cima de um cavalo
Mas caiu
da intolerância, da altivez, do preconceito.
Chegou humilde.
Chegou apóstolo!

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Poesia de hoje

Mulheres sem nome


Que nome teria
A mulher de Ló?
Lorena?
Desobediente?
Quem obedeceria
e não olharia para trás
se sentisse pena dos vizinhos
que em chamas ardiam?
A mulher de Jó?
Joana? Louca?
Mas que mãe não ficaria?
se perdesse 10 filhos
num só dia?
A menina escrava de Naamã?
Thalita?
Pagou o mal com bem
E ensinou o caminho da cura
a quem a afligia
E que nome teriam
a viúva de Sarepta?
e a viúva do discipulo de Eliseu?

Não sei.
Só sei que tinham em casa
Mais fé
do que um vaso
quase vazio de azeite